Operação Falsas Promessas: Ramhon Dias, Franklin Reis e outros influenciadores são presos em investigação contra rifas ilegais

 

Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (9) a segunda fase da Operação Falsas Promessas, que desmonta uma organização criminosa acusada de promover rifas ilegais para lavar dinheiro e financiar o tráfico de drogas. Ao todo, 22 pessoas foram presas, incluindo influenciadores digitais e policiais militares da ativa e da reserva.

Entre os presos estão os rifeiros Ramhon Dias, Franklin Reis e Jhones Rifa, além do PM-influencer Lázaro Alexandre, conhecido como “Tchaca”, e a influenciadora Gabriela Silva, esposa de Nanan Premiações, também preso novamente na ação. Os mandados foram cumpridos em Salvador, na Região Metropolitana (RMS), em cidades do interior da Bahia e em São Paulo, onde Ramhon foi localizado.

Polícia aponta manipulação de sorteios e lavagem milionária
Segundo as investigações, os prêmios de alto valor — como carros de luxo — eram sorteados entre comparsas da organização, com o objetivo de atrair novos apostadores e dar aparência de legalidade ao esquema. Empresas de fachada e “laranjas” eram usados para movimentar grandes valores, numa operação de lavagem de dinheiro que pode ter superado os R$ 500 milhões.

Durante a operação, a polícia apreendeu veículos de luxo, relógios caros, celulares, notebooks e quantias em dinheiro. A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ envolvido, somando R$ 680 milhões em valores retidos.

Quatro dos presos são considerados líderes da organização criminosa e foram localizados em Vera Cruz, Juazeiro, na RMS e em São Paulo.

PMs protegiam e operavam o esquema
Além dos influenciadores, cinco policiais militares — incluindo Tchaca — também foram presos. A apuração aponta que PMs da ativa e ex-militares ofereciam proteção, passavam informações sigilosas e até atuavam diretamente nas rifas. Os nomes dos policiais envolvidos não foram divulgados.

Reincidência e histórico criminal
Os principais alvos da operação já haviam sido presos anteriormente. Em setembro de 2024, na primeira fase da Falsas Promessas, 19 pessoas foram detidas, incluindo Nanan, Ramhon e Gabriela. Na época, a Polícia Civil cumpriu 48 mandados contra o grupo.

Tchaca, que acumula milhares de seguidores nas redes sociais, também tem um histórico polêmico. Em maio de 2024, foi preso com outros PMs influenciadores por violação de preceitos éticos e disciplinares, segundo a Polícia Militar da Bahia (PM-BA). Ele ainda é réu pela Chacina do Cabula, ocorrida em 2015, quando 12 pessoas foram mortas durante uma operação policial.

As investigações seguem em curso e novas prisões não estão descartadas. A polícia ainda apura o destino dos valores arrecadados e o grau de envolvimento dos suspeitos com o tráfico de drogas.

Fonte: Voz da Bahia

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