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Foto: Divulgação

A identificação biométrica neonatal já é uma realidade no Brasil e vem ganhando espaço no mercado internacional. Desenvolvida pela empresa paranaense INFANT.ID™, a tecnologia permite a coleta das impressões digitais do recém-nascido ainda na sala de parto, garantindo um vínculo inquestionável com a mãe e prevenindo trocas e sequestros.

Atualmente, a inovação já está homologada em seis estados brasileiros — Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraíba, Sergipe e São Paulo — e também em países como Venezuela e Arábia Saudita. No Uruguai e no Peru, o sistema está em fase de homologação.

A biometria neonatal é uma medida essencial para aumentar a segurança das crianças, especialmente diante dos casos de desaparecimento. Em 2022, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2.169 crianças desapareceram no Brasil — uma média de seis casos por dia. No cenário internacional, países como Estados Unidos, Canadá, França e Alemanha registraram dezenas de milhares de ocorrências similares em 2023, de acordo com a International Centre for Missing & Exploited Children (ICMEC).

A CEO da INFANT.ID™, Thais Akiyama, destaca a importância da inovação para a proteção infantil. “A biometria garante o primeiro passo para a cidadania do recém-nascido, além de dar maior segurança à família no momento do parto e posteriormente a ele também. Nosso propósito é contribuir com a segurança das crianças de todo o mundo”, afirma.

Além de prevenir crimes, a tecnologia facilita o acesso a documentos oficiais e serviços públicos. Em Mato Grosso, onde foi implementada em 2021, mais de 10 mil crianças já foram cadastradas. Goiás iniciou a implantação em 2024, equipando 30 maternidades públicas com scanners biométricos.

O scanner utilizado pela INFANT.ID™ foi projetado para uso hospitalar, permitindo a coleta mesmo em recém-nascidos prematuros dentro de incubadoras. O equipamento, patenteado nos Estados Unidos em 2024, conta com certificações do FBI e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), garantindo sua eficiência e confiabilidade.

Apesar de ser um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) desde 1990, a biometria neonatal ainda enfrenta desafios para sua implementação em larga escala. A Portaria n.º 248 do Ministério da Saúde, de 2018, determinou que a Declaração de Nascidos Vivos (DNV) deveria estar vinculada ao registro biométrico do bebê e da mãe, mas muitos hospitais ainda utilizam métodos ultrapassados, como carimbos de tinta em papel.

A solução digital da INFANT.ID™ busca mudar esse cenário, oferecendo um sistema eficiente e seguro que permite a identificação biométrica completa do recém-nascido, incluindo impressões digitais, palmares e plantares, desde o primeiro momento de vida.

Fonte: Voz da Bahia

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