Verão e Carnaval impulsionam uso de anabolizantes, mas riscos à saúde são graves

 


Com a chegada do verão e a proximidade do Carnaval, cresce a busca por um corpo malhado. Embora treinos regulares, alimentação balanceada e acompanhamento profissional sejam as melhores opções, muitas pessoas acabam recorrendo a soluções perigosas, como anabolizantes, para resultados rápidos.

Segundo dados da Anvisa em parceria com o Valor, a venda de anabolizantes com testosterona sintética aumentou 670% nos últimos cinco anos. Essa tendência acendeu o alerta entre profissionais de saúde, que destacam os efeitos severos dessas substâncias, principalmente ao coração.

O cardiologista Francisco José Júnior, do Instituto de Educação Médica (IDOMED), explica que anabolizantes aumentam a síntese proteica e promovem crescimento muscular, mas comprometem o equilíbrio hormonal, afetando vários sistemas do corpo.

Principais sintomas do uso de anabolizantes

  • Retenção de líquidos
  • Elevação do colesterol ruim (LDL) e redução do colesterol bom (HDL)
  • Danos ao fígado e rins
  • Impactos psicológicos, como irritabilidade e ansiedade
  • Complicações graves: dores no peito, falta de ar, palpitações, tonturas e inchaços

Outros efeitos incluem aumento anormal das mamas em homens, queda de cabelo acelerada e acne severa.

Riscos ao coração

O coração é o órgão mais afetado pelo uso de anabolizantes. Entre os principais riscos, destacam-se:

  • Hipertrofia cardíaca: crescimento anormal do músculo do coração
  • Hipertensão arterial: sobrecarga nos vasos sanguíneos
  • Arritmias: batimentos cardíacos irregulares que podem causar desmaios ou parada cardíaca
  • Infarto: devido ao aumento de placas de gordura nas artérias
  • Insuficiência cardíaca: perda da capacidade do coração em bombear sangue

Efeitos são reversíveis?

Nem todos os danos causados pelos anabolizantes são reversíveis. O Dr. Francisco alerta que, embora a interrupção possa aliviar alguns efeitos, problemas cardiovasculares graves podem continuar a evoluir, mesmo após o fim do uso.

O que fazer?

Ao notar sintomas, a orientação é buscar um médico imediatamente. Mudanças no estilo de vida podem ajudar em casos leves, mas danos estruturais ao coração exigem acompanhamento contínuo.

Fonte: Voz da Bahia

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